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terça-feira, 12 de novembro de 2013
14 de NOVEMBRO de 2013
38º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO DE COMANDOS
SÍNTESE HISTÓRICA
Quando
há cerca de quarenta anos eclodiram os movimentos independentistas no
Ultramar Português, as Forças Armadas sentiram a necessidade da criação
de um corpo especializado para fazer face às técnicas de guerrilha
utilizadas pelos mesmos.
Nos
finais da década de 50, na Argélia, a experiência do exército francês
demonstrou a necessidade de uma remodelação de métodos de instrução
adequados como resposta à guerra de guerrilha, tomando em conta as
características do clima e do terreno.
Um
intercâmbio entre oficiais portugueses e oficiais franceses deu origem à
criação do primeiro Centro de Instrução de Operações Especiais, em
Lamego, onde começaram a ser formadas Companhias de Caçadores Especiais,
as primeiras forças especiais do Exército Português. A evolução da luta
armada em Angola veio exigir novos métodos, constituindo-se em Nóqui o
primeiro grupo especial verdadeiramente vocacionado para a luta
anti-guerrilha.
Mais
tarde em Zemba é instalado o Centro de Instrução N°. 21, que recorria à
utilização permanente de meios reais, do contacto directo e constante
com o meio natural e com o próprio inimigo. De lá saíram em Dezembro de
1962 os seis primeiros grupos de tropas especiais, que estão na origem
dos Comandos.
O
mesmo espírito de corpo, de sacrifício e de dedicação, solenemente
consagrados no Código Comando, a par de outros valores patrióticos e
nacionais, conferem a todos os Comandos uma forma diferente de proceder e
de estar no mundo, ao mesmo tempo que em dignidade e força interna,
gritam bem alto "MAMA SUME" (Aqui Estamos).
Cumprido
o serviço militar, ao Comando é-lhe atribuída, formal e
administrativamente a passagem à disponibilidade. Mas tal só acontece na
sua vida militar, pois nunca deixa de ser Comando, nem de pertencer à
Família Comando.
Este
estigma leva os primeiros Comandos, em 1965, ao passarem à
disponibilidade, a pensar na criação de uma Associação, que
possibilitasse o transbordo para a nova vida civil do forte Espírito de
corpo, vivido na instrução e em combate.
No
clima político de então, adverso ao associativismo, não foi possível
concretizar a ideia da criação de uma Associação. Tal não obstou a que
se passassem, desde logo, a organizar convívios e reuniões frequentes.
Com
o 25 de Abril de 1974; ressurge a ideia da criação da Associação de
Comandos. Com a entrada em vigor do Decreto-Lei Nº. 574/74 é consagrado
o direito de formação de Associações Cívicas.
E,
assim, em 14 de Novembro de 1975 é celebrada a escritura pública que dá
vida à Associação de Comandos, sendo publicada no Diário do Governo N°.
271 - III Série de 22 de Novembro do mesmo ano.
(in Associação de Comandos)
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