terça-feira, 28 de setembro de 2010
Rapaz expulso das aulas por ter «pêlos a mais na cara»
Um adolescente de 15 anos foi expulso de uma aula e colocado numa sala sozinho durante dois dias por ter «pêlos a mais na cara», numa escola de Crosby, no Reino Unido, esta segunda-feira, conta o Daily Mail.
Sam Taubman ficou chocado com a regra que o estabelecimento de ensino garante sempre ter tido e a sua mãe, quando soube, ficou ainda mais furiosa.
«Fiquei chocada. Ele não tem quase nada na cara. Disseram-me que ele tem pêlos a mais», relatou Jacqueline Kent.
Apesar do choque inicial, o rapaz optou por começar a rapar os poucos pêlos que tem para evitar mais incidentes do género.
ORGANIZAÇÃO
A unidade básica operacional dos Comandos é a
Companhia, subdividida em 4 ou 5 Grupos de Combate (Grupos de
Comandos). Cada Grupo, comandado por um Oficial Subalterno, inclui 25
militares, agrupados em 5 Equipas:
- 1 Equipa de Comando, constituída pelo oficial comandante do grupo, 1 operador de rádio, 1 socorrista e 2 atiradores;
- 3 Equipas de Manobra, cada uma constituída por 1 Sargento (chefe de equipa), 1 apontador de metralhadora ligeira, 1 municiador de metralhadora ligeira e 2 atiradores;
- 1 Equipa de Apoio, constituída por 1 Sargento (chefe de equipa), 1 apontador de LGF, 1 municiador de LGF e 2 atiradores.
Na Guerra Colonial, foram organizadas companhias de
vários tipos, adaptadas às condições operacionais, havendo duas
organizações básicas:
- Companhias Ligeiras, constituídas só com os elementos operacionais, não dispondo praticamente de apoio logístico autónomo, sendo suportadas por outras unidades militares;
- Companhias Pesadas, em que os elementos operacionais eram reforçadas com elementos de apoio logístico (módulos sanitários, de manutenção, de transportes, de intendência, etc.), dando-lhes uma capacidade de operação completamente autónoma.
Na Guiné e em Moçambique foram constituídos
Batalhões de Comandos que, além de servirem de centros de
instrução, eram utilizados como elemento de comando operacional, em
determinadas operações, para forças de Comandos de escalão
superior à Companhia.
Os militares dos comandos receberam por feitos em
combate as seguintes condecorações individuais:
- Ordem Militar da Torre e Espada - 12;
- Medalha de Valor Militar - 23;
- Medalha da Cruz de Guerra - 375.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Ladrão assalta casa, adormece no sofá e é preso
Quando a polícia chegou o ladrão acordou e fugiu, mas acabou por ser apanhado.
de acordo com declarações da polícia ao jornal «New Straits Times», citado pelo «R7», o ladrão, de 42 anos, já tinha sido preso 14 vezes.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Adolescente vai de cavalo para escola
Todos os dias Roby Burch, de 16 anos, vai de cavalo para a escola, escreve o site brasileiro «Globo». O adolescente reside
em Haverford, na Pensilvânia, nos Estados Unidos e faz sete quilómetros todos os dias.
Segundo
o jornal «Philadelphia
Inquirer» os moradores da cidade já se
habituaram a ver o jovem a cavalgar rumo à escola. Aliás, o
estabelecimento de ensino
permitiu mesmo que o rapaz construísse um
estábulo, para que aí pudesse deixar o animal enquanto está nas aulas.
Depois
de umas férias numa fazenda, em Montana,
também nos Estados Unidos, o adolescente decidiu trocar as quatro rodas,
pelas quatro
patas.
Ora aí está uma ideia para os adolescentes deste País aos quais encerraram as escolas de vizinhança e mandaram para o "cu de judas". Só que neste País só de asno....
ANTECEDENTES E CONSIDERANDOS
DE NÓQUI A ZEMBA — A GÉNESE
Nos
finais da década de 50 e na sequência do processo de Independência em
curso em quase todas as colónias europeias em África, também em Portugal
surgiu entre os responsáveis pelas F.A. a ideia de preparar tropas,
dotadas de treino e de conhecimentos capazes de fazer frente a um
eventual surto de subversão que pudesse vir a acontecer nos nossos
territórios ultramarinos.
De
entre algumas iniciativas conhecidas, há a registar o envio à Argélia
de um grupo de Oficiais, a fim de tomarem contacto directo com as tropas
especiais Francesas ali estacionadas e ainda um ciclo de palestras
sobre a guerra subversiva e contra subversão conduzidas por alguns
Oficiais Franceses, que para o efeito se deslocaram a Portugal.
Como
resultante directa destas iniciativas e do espírito subjacente a que
elas conduziram, está a criação do C.I.O.E. (Centro de Instrução de
Operações Especiais) em Lamego, responsável pela formação de Companhias
de Caçadores Especiais, com uma missão fundamentalmente virada para uma
acção dissuasória e psicológica junto das populações, algumas das quais
já se encontravam em Angola quando do eclodir do movimento de guerrilha
em 04 de Fevereiro de 1961.
Embora
se tivesse procedido a uma remodelação dos métodos de instrução das
nossas tropas, cedo se tornou evidente a insuficiência dessa preparação
pois que as características do terreno, do clima e da própria guerra
subversiva exigiam dos nossos militares uma actuação completamente
diferente, para a qual não estavam minimamente preparados e que. só
baseada numa bem estruturada preparação moral e técnica, aliada a uma
grande mobilidade, poderia surtir efeitos.
Todos
estes atributos eram consentâneos com a ideia da formação de grupos
Especiais já então latente, e que se veio a concretizar com uma primeira
experiência feita na Região Militar de Angola — em Nóqui. Assim, e
graças ao grande interesse depositado pelo então Comandante do Batalhão
de Caçadores nº280, Tenente-Coronel Almeida Nave, e ainda aos
conhecimentos transmitidos por um jornalista italo-fracês — Cesare Dante
Vachi — conhecedor das guerras da Indochina e Argélia, foram dois
grupos do Batalhão 280 treinados em moldes completamente diferentes e
inovadores, cujos excelentes resultados por certo contribuíram e pesaram
na decisão do General Venâncio Deslandes para a criação do Centro de
Instrução nº21, destinado à preparação de grupos especiais,
especialmente vocacionados para a luta antiguerrilha.
O
C.l.21 ficou instalado em Zemba, Sector F da Zona de Intervenção Norte,
tendo sido nomeado seu Comandante o então Capitão de Infantaria Jasmins
de Freitas, coadjuvado por Cesare Dante Vachi. A equipa de instrução
era constituída pêlos então Capitães Ramalho e Marquilhas, Tenente
Caçorino Dias, os Alferes Vasco Ramires, Raúl Folques, César Rodrigues,
Vieira Pereira e os Alferes médicos Resina Rodrigues e Freire Águalusa.
Depois
de uma dura instrução, caracterizada pela utilização permanente de
meios reais, do contacto directo e constante com o meio natural e o
próprio IN, terminaram o curso em 30 de Novembro de 1962, os seis
primeiros Grupos de Comandos oriundos dos Batalhões e três Grupos da
Companhia de Caçadores Especiais nº.365, regressaram então às suas
Unidades de origem, e em cuja área de actuação tomaram parte em diversas
operações, quer independentemente, quer neles integrados.
Estes grupos adoptaram designações próprias e, organicamente eram constituídos por 25 homens e divididos em 5 equipas.
Designação
|
Origem
|
Comandante de Grupo
|
Os Fantasmas
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Bat. Caç. 317
|
Alf. Mil. Abreu Cardoso
|
Vampiros
|
Bat. Caç. 185
|
Alf. Mil. José M. Lousada
|
Aço
|
Bat. Caç. 186
|
2º Sarg. Inácio Maria
|
Pedra
|
Bat. Caç. 261
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Alf. César Rodrigues
|
Nóqui A
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Bat. Caç. 280
|
Alf. Mil. Vieira Pereira
|
Falcões
|
Bat. Caç. 325
|
Alf. Mil. Agostinho Gonçalves
|
Corsários A
|
CCAÇ. ESP. 365
|
Alf. Mil. Rodrigues dos Santos
|
Corsários B
|
CCAÇ. ESP. 365
|
Alf. Mil. Vaz Pardal
|
De
referir alguns aspectos fundamentais que passaram a constituir a
metodologia posta na preparação dos Comandos, como sejam, o uso
permanente de meios reais, a preparação psicológica do combatente com o
recurso a mensagens e gravações em fita magnética («Voz do Comando»), e
ainda o contacto directo com o inimigo como parte integrante da
instrução, pois que só durante o curso ministrado no C.l.21 foram
realizadas cerca de 10 operações.
A
mobilidade, a rapidez e a entrada em acção imediata sobre o objectivo
foram também aqui ensaiados quando pela primeira vez se procedeu a
operações heli-transportadas.
Todo
o pessoal que frequentou o Curso com aproveitamento recebeu o emblema
COMANDO em pano bordado, com a divisa "AUDACES FORTUNA JUVAT" e o cartão
COMANDO, emitido pelo Quartel General da Região Militar de Angola.
C.l. 16
A
experiência e os resultados obtidos a partir do C.l.21 tornaram o
processo de formação de Comandos num factor irreversível. Assim, em 09
de Junho de 1963 e por despacho de 15 de Maio do mesmo ano, é inaugurado
o Centro de Instrução nº16 ocupando as instalações do Quartel de
Quibala na Fazenda Senhora da Hora, em Quibala Norte, onde pela primeira
vez a designação «COMANDOS» assume carácter oficial sendo o curso aqui
ministrado, reconhecido como o primeiro Curso de Comandos.
Sobre
a formação do C.l.16 aqui se transcreve parte do conteúdo da nota 169/3
de 06 de Maio de 1963 da 3.3 REP/EME, que diz o seguinte:
· É
reorganizado o Centro de Instrução nº21, com a finalidade de ministrar
instrução intensiva de contra guerrilha a grupos de combate dos
Batalhões. Pretende-se que cada Batalhão disponha, assim, de um núcleo
devidamente especializado, aguerrido e moralizado que, simultaneamente
seja um elemento de valor táctico elevado para ser empregue em missões
de combate difíceis, perigosas ou de grande interesse operacional,
constitua um estímulo pelo seu exemplo e, pela difusão dos conhecimentos
adquiridos, contribua para uma melhoria do nível de instrução e da
eficiência operacional da própria Unidade.
O
C.l.16 era comandado pelo Major de Infantaria Antunes de Sá, tendo como
2ºComandante o Capitão de ArtªSantos e Castro, e tinha como instrutores
o Capitão de Artª Ribeiro de Oliveira, o Tenente Mil. Alves Cardoso, o
Tenentes Mil. Cmd. Vieira Pereira e Abreu Cardoso, o Tenente Mil. Médico
Cmd. Resina Rodrigues, o Alferes Mil. Cav. Gomes de Freitas e o Alferes
QSGE João Silva, que era também o único encarregado pêlos serviços
administrativos.
Em
10 de Outubro de 1963 foi dada por concluída a instrução, tendo-se
constituídos os seis grupos a seguir enunciados e que posteriormente
regressaram às suas Unidades de origem:
Designação
|
Origem
|
Comandante de Grupo
|
Os Sem Pavor
|
Bat. Caç. 379
|
Alf. Mil. Eduardo R. Silva
|
Os Destemidos
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Bat. Caç. 380
|
Alf. Mil. Martiniano Quesada
|
Os Apaches
|
Bat. Caç. 442
|
Alf. Mil. José Z. G. Robalo
|
Os Gatos
|
Bat. Art. 400
|
Alf. Mil. Horácio M. Valente
|
Os Tigres
|
Bat. Cav. 339
|
Alf. Mil. Júlio Damas Paiva
|
Os Escorpiões
|
Bat. Cav. 437
|
Alf. Mil. Manuel L. Bogalho
|
Além
do pessoal que constituía os grupos atrás referidos, frequentaram
também o C.l.16 um grupo de militares vindo da Região Militar de
Moçambique, que tendo terminado a instrução com aproveitamento para lá
regressaram a fim de dar início à formação de novos Comandos nessa
Região Militar.
O C.l.16 foi oficialmente desactivado a 04 de Dezembro de 1963, sucedendo-lhe o Centro de Instrução nº25.
De
entre as acções de carácter iminentemente operacional levadas a cabo
pelo C.l.16, de salientar a actuação na operação «Pérola Verde». O
espírito que desde o início sempre presidiu à formação das tropas
«COMANDO», é bem patente na passagem que a seguir se transcreve da supra
citada nota nº169/3 da 3.3 REP/EME:
· «O
pessoal não usufruirá de quaisquer regalias ou gratificação especial.
Será submetido a uma vida dura e disciplina rígida e o que terminar a
instrução com aproveitamento terá direito à designação «COMANDOS» e ao
uso de um distintivo próprio».
C.l. 25
Pela
circular nº4705, processo 347.7 de 03 de Dezembro de 1963, foi feito
convite aos Oficiais. Sargentos e Praças que desejassem frequentar o
novo Curso de Comandos a realizar no Centro de Instrução n.º 25
localizado, tal como o C.l.16 na Quibala Norte.
Seguindo-se
ainda os mesmos processos do anterior curso, pretendia-se recrutar
pessoal voluntário e já com uma relativa experiência de combate, de
forma a que se formassem novos Grupos de Comandos, e que tal como os
anteriores iriam actuar na zona de acção dos seus Batalhões de origem.
Pela
primeira vez se tornou possível proceder a uma prévia selecção de
pessoal candidato à frequência do curso, tendo para o efeito, este mesmo
pessoal sido apresentado no Regimento de Infantaria nº20 onde de 15 a
19 de Janeiro de 1964, foi submetido a provas de selecção que incluíam
exames clínicos e provas físicas. Os candidatos que conseguiram
ultrapassar esta primeira barreira das selecções, seguiram para Quibala
Norte, onde a 03 de Fevereiro de 1964 se deu início ao novo Curso de
Comandos.
O C.I.25, comandado pelo Capitão de Artilharia «COMANDO» Gilberto Santos e Castro, teve como instrutores os seguintes Oficiais:
· Capitão «CMD» Ribeiro de Oliveira
· Capitão «CMD» Leal de Almeida
· Tenente «CMD» Albuquerque Gonçalves
· Tenente Mil. «CMD» Alves Cardoso
· Tenente Mil. «CMD» Abreu Cardoso
· Alferes Mil. «CMD» Câmara Pina.
· Alferes Mil. «CMD» Gomes de Freitas
· Alferes Mil. «Médico» Armando Mendes
· Alferes Mil. «QSGE» Mário Morganho
A 04 de Maio de 1964 é dada como finda a instrução, tendo-se formado os seguintes Grupos de Comandos:
Designação
|
Origem
|
Comandante de Grupo
|
Sombras
|
Bat. Caç. 505
|
Fur CMD. Alberto Salgado
|
Audazes
|
Bat. Caç. 511
|
Alf. CMD. Correia da Silva
|
Leopardos
|
Bat. Caç. 540
|
Fur. CMD. Luís Costa Mendes
|
Fantasmas II
|
Bat. Caç. 547
|
Alf. CMD. Manuel Matos
|
Relâmpagos
|
Bat. Caç. 595
|
Alf. CMD. Guerreiro Batista
|
Centuriões
|
Bat. Caç. 503
|
Alf. CMD. Dinis Pimentel
|
Formou-se
ainda um outro Grupo de Comandos, destinado a instrutores e monitores
de futuros cursos — OS MAGNÍFICOS — cujo instrutor e Comandante era o
Tenente Mil. «CMD» Alves Cardoso, coadjuvado pelos 2º. Sarg. Mil. «CMD»
Paulo Santos e 1º. Cab. RD «CMD» Pires Júnior. Faziam parte deste Grupo
os seguintes militares: Alferes Belchior, Pires e Monteiro, 2ºs
Sargentos Candeias e Gonçalves e os Furriéis Ganhão, Venâncio, Patrício,
Melita, Galego, Hilário, Roquete, Gato, Chaves e Araújo.
O
C.l.25, graças à larga experiência já adquirida pêlos elementos do seu
Corpo de Instrução, além de cimentar as bases em que assentavam os novos
métodos e processos empregues na formação de Comandos, serviu também
como banco de ensaio para o estudo e aperfeiçoamento do equipamento
individual do combatente, que no caso específico dos Comandos, deveria
obedecer a características muito próprias de operacionalidade e leveza.
Assim se procedeu ao aproveitamento, aperfeiçoamento e adaptação dos
equipamentos M/43 e M/63 bem como ainda se criou um modelo de catana,
muito útil e necessário nas matas do Norte, uma bolsa de sobrevivência,
uma bolsa de primeiros socorros, um colete porta-granadas e o uniforme
camuflado.
Com
o C.l.25 encerra-se a fase de formação, estruturação e implantação da
especialidade «COMANDO», já então oficialmente reconhecida, sendo os
militares Comandos portadores de distintivos próprios especialmente
criados para o efeito, a usar na boina, no peito e no ombro esquerdo.
Também a especialidade «COMANDO» passou a ser averbada nos documentos de
matrícula de todos aqueles que com aproveitamento acabaram o respectivo
curso.
C.I.C. — Centro de Instrução de Comandos
Até
aqui tinha-se procurado preparar «COMANDOS» a partir de pessoal oriundo
de diferentes Batalhões e que a eles retornavam terminada a instrução,
funcionando assim os Grupos de Comandos como Unidades de intervenção dos
respectivos Batalhões a que pertenciam. Os bons resultados obtidos
desde o inicio pelos Grupos de Comandos, o facto de já existir um
programa de instrução e metodologia bem definidos, além de um Corpo de
Instrução experimentado e das necessidades da própria guerra, apontavam
para a criação de Unidades de Comandos independentes, que veio a
acontecer com a promulgação do Decreto-Lei n.° 46410 de 29 de Junho de
1965, de que se transcreve o seguinte:
· «Considerando
a conveniência de se prepararem tropas de Comandos para a execução
isoladas ou individualizadas, de interesse mais particular para o
Ultramar, conservando-as todavia nos quadros respectivos do Exército sem
constituírem um corpo especial;
· Considerando também a experiência já realizada em instrução de Comandos (CIC), que funcionará na Província;
· Usando
da faculdade conferida pela primeira parte do nº2 do art.°109 da
Constituição, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei. o
seguinte:
· art.º 1º
— A título de força eventualmente constituída é criado, no âmbito do
Ministério do Exército, o Centro de Instrução de Comandos' (CIC). que
funcionará na Província de Angola na dependência do Comando da
respectiva Região Militar.
§
único. Para efeitos de instrução e de mobilização, o C.I.C. fica
dependente do Estado Maior do Exército através do Comando da Região
Militar de Angola.
· art.º 2º — São atribuições do C.I.C.:
a) Preparar moral, física, psicológica e profissionalmente as tropas de Comandos;
b)
Propor normas de selecção e seleccionar durante a instrução a seu cargo
o pessoal destinado às formações especiais de comandos;
c)
Efectuar o estudo e experimentação dos processos e métodos de emprego
das Unidades de Comandos, bem como a exploração dos resultados das
acções em que forem empregues, no sentido de habilitar o Estado Maior do
Exército a estruturar e posteriormente difundir a doutrina relativa ao
emprego operacional daquelas tropas;
d)
Efectuar o estudo e experimentação do armamento, equipamento e material
que for necessário à melhoria do rendimento operacional;
e) Proceder à organização e construção das unidades operacionais de Comandos atribuídas à Região Militar de Angola; ...»
LUANDA
No
C.l.C./RMA, sito em Belo Horizonte, arredores de Luanda, realizaram-se
28 Cursos de Comandos para formação de Companhias de Comandos e de
quadros destinados à instrução e a recompletamentos.
a) Actuaram em Angola as seguintes Companhias de Comandos:
· 1ª Comp. «CMDS» — Cap. Art.ª «CMD» Albuquerque Gonçalves / Cap. Inf.ª «CMD» Socorro Folques
· 2ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Jaime Neves
· 6ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Reynolds Mendes / Cap Inf.ª «CMD» Chung Su Sing
· 8ª Comp. «CMDS» — Cap. Cav.ª «CMD» Miquelina Simões
· 11ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Teixeira Gil
· 12ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Piteira Rosado / Cap. Inf.ª «CMD» Algéos Aires
· 14ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Ferreira da Silva
· 19ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Socorro Folques
· 20ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Olivera Marques
· 22ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Pinho Bandeira / Cap. Inf.ª «CMD» Amante Crujeira
· 24ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Ovídeo Rodrigues
· 25ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Martins Dias / Cap. Inf.ª «CMD» Colaço Robles
· 30ª Comp. «CMDS» — Cap. Mil.Inf.ª «CMD» Rosa Oliveira
· 31ª Comp. «CMDS» — Cap Infª «CMD» Lobato Faria / Cap. Inf.ª «CMD» Casaca Pulguinhas
· 33ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Ribeiro da Cruz
· 36ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Artur Ferreira
· 37ª Comp. «CMDS» — Cap. Cav." «CMD» Nunes Palma
· 2041ª Comp. «CMDS» — Cap. Art.ª «CMD» Barbosa Henriques / Cap. Inf.ª «CMD» Júlio Cordeiro / Ten. Infª. «CMD» Melo e Silva
· 2042ª Comp. «CMDS» — Cap. Infª. «CMD» Cunha Lopes / Ten. SGE «CMD» Isaías Pires
· 2044ª Comp. «CMDS» — Cap. Infª. «CMD» Gama Diogo / Ten. QEO «CMD» Antunes de Sousa
· 2046ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Rosa Falcão
· 2047ªComp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Lopes Martins
· 4042ª Comp. «CMDS» — Ten. SGE «CMD» Marques Mandriana
b) Companhias de Comandos destinadas à Região Militar de Moçambique :
· 2ª Comp. «CMDS»
· 7ª Comp. «CMDS»
· 21ª Comp. «CMDS»
· 23ª Comp. «CMDS»
· 28ª Comp. «CMDS»
· 29ª Comp. «CMDS»
· 32ª Comp. «CMDS»
· 34ª Comp. «CMDS»
· 2040ª Comp. «CMDS»
· 2043ª Comp. «CMDS»
· 2045ª Comp. «CMDS»
· 4040ª Comp. «CMDS»
A
2ª e 7ª CCMDS antes de rumarem à RMM, tiveram um período operacional na
RMA após a conclusão dos Cursos de Comandos respectivos.
Durante a actividade operacional teve acção preponderante os meios aéreos, em várias missões desenvolvidas pelos COMANDOS.
Assim:
· na operação «TORRADO», em Setembro de 1970, os SÁ 320 «PUMAS», foram utilizados pela primeira vez;
· na
operação "LUVA BRANCA", em Janeiro de 1971, foram empregues os meios
aéreos e a Artilharia pela primeira vez, com resultados bem
significativos neste tipo de acções de contra-guerrilha.
· na
operação «PUNHAL», em Fevereiro de 1973, foram empregues pela primeira
vez os B 26 (caças bombardeiros) sob o comando do Coronel Piloto
Aviador Silva Cardoso da 2ª Região Aérea e pela última vez os F 84
(caças) comandados pelo Major Piloto Aviador Roque;
No Comando do C.I.C. /RMA e por ordem cronológica, assumiram funções os seguintes Comandantes:
· Maj. Art.ª «CMD» Gilberto Santos e Castro de 29/JUN/65 a 29/JUL/67
· Ten. Cor. Inf.ª «CMD» António Dias Machado Correia Diniz de 31/JUL/67 a 27/FEV/69
· Maj. Art.ª «CMD» Gilberto Santos e Castro de 28/FEV/69 a 12/NOV/70
· Ten. Cor. Inf.ª «CMD» Fernando Manuel Jasmins de Freitas de 13/NOV/70 a 14/NOV/71
· Maj. Inf.ª «CMD» Fernando Catarino Tavares (interino) de 15/NOV/71 a 18/JUL/72
· Maj. Inf.ª «CMD» José de Almeida Pinho Bandeira (interino) de 19/JUL/72 a 10/0UT/72
· Cor. Inf.ª «CMD» António Dias Machado Correia Diniz de 11/OUT/72 a 19/NOV/74
· Maj. Inf.ª «CMD» Manuel Teixeira Gil de 20/NOV/74 a 06/MAI/75
O C.I.C. foi extinto oficialmente em 06 de Maio de 1975, data em que passou a comissão liquidatária.
LAMEGO
Em
1966 e face a pressões feitas por alguns Oficiais para que se
começassem a formar Companhias de Comandos na Metrópole, formou-se em
Lamego um centro de Instrução, primeiramente no Quartel de Penude e
posteriormente no Quartel da Cruz Alta onde se iniciava a preparação,
formação e treino de Companhias de Comandos com destino aos Teatros de
Operações da Guiné e Moçambique, aonde iam completar a sua fase de
instrução Operacional.
As Companhias formadas em Lamego foram:
a) com destino à Guiné:
· 3ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Alves Cardoso
· 5ª Comp. «CMDS» — Cap. Ari.ª «CMD» Albuquerque Gonçalves
· 15ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª Garcia Lopes
· 10ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Magueijo / Cap. Inf.ª «CMD» Viçoso
· 16ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Duarte de Almeida
· 26ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Matos
· 27ª Comp. «CMDS» — Cap. Art.ª «CMD» Barbosa Henriques
· 35ª Comp. «CMDS» — Cap. QEO «CMD» Ribeiro da Fonseca
· 38ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Pinto Ferreira
· 4041ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Oliveira / Cap. QEO «CMD» R. Fonseca
b) com destino a Moçambique:
· 4ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Valente / Cap. Inf.ª «CMD» Belchior
· 9ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Saraiva / Cap. Art.ª «CMD» Júlio Oliveira
· 10ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Magueijo / Cap. Inf.ª «CMD» Viçoso
· 18ª Comp. «CMDS»—Cap. Inf.ª «CMD» Diogo / Ten. Infª «CMD» Horácio Ferreira
MONTEPUEZ
A
presença de Comandos em Moçambique verificou-se a partir dos finais de
1963, quando do regresso de um grupo de militares que se havia deslocado
a Angola a fim de frequentar o C.l.16.
Foram eles:
· Cap. Inf.ª Flávio Martins Videira CCE 113
· Cap. Inf.ª António Rosado Serrano BCLM
· Ten. Inf.ª Rui Pereira Marcelino CBLM
· Alf. Mil. Fausto Lages Proença Garcia ER Nampula
· Asp. Of. Mil. José António M. Jacinto Cl. INF. Nampula
· Fur.Mil. Jacinto António Rodrigues BCIM
· Fur. Mil. José Grangeio Fragoso C. CAÇ. Vila Manica
· Fur.Mil. António Fernandes Vasques CC Nampula
· Fur.Mil. João Pombo Rainha CCE 313
· Fur.Mil. José Maurício Teixeira ER Nampula
· Fur.Mil. António J. Cadete da Silva BART 162
· 1º Cabo RD Joaquim Afonso Moreira BC P. AMÉLIA
Estes
novos Comandos, os primeiros a actuar na R.M.M., prepararam e treinaram
na Namaacha, o pessoal que viria a constituir os dois primeiros Grupos
de Comandos de Moçambique, e que eram os «SOMBRAS», comandados pelo
Alferes «CMD» Gafarott de Almeida e os «VAMPIROS» comandados pelo
Alferes «CMD» Cabral Sacadura .
A
partir da constituição do C.I.C. em Angola, passaram a actuar em
Moçambique, Companhias de Comandos provenientes quer deste, quer do CIOE
- Centro de Instrução de Operações Especiais (Lamego), e que tal como
em Angola constituíram uma reserva à ordem do Comando Chefe da R.M.M.
Estas Companhias foram as seguintes:
· 2ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Jaime Neves
· 4ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Horácio Valente/Cap. Inf.ª «CMD» Glória Belchior / Alf. Mil «CMD» Sampaio Fevereiro
· 7ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Abreu Cardoso
· 9ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Maurício Saraiva / Cap. Art.ª «CMD» Ribeiro de Oliveira
· 10ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Fernandes Magueijo / Cap. Inf.ª «CMD» Nascimento Viçoso
· 17ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Baptista Serra / Ten. Inf.ª «CMD» Casaca Pulguinhas
· 18ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Gama Diogo / Ten. Inf.ª «CMD» Horácio Ferreira
· 21ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Limpo Salvada / Cap. Grad. «CMD» Cardoso Borralho
· 23ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Loureiro Cadete/Cap. Inf.ª «CMD» Glória Belchior / Ten. Inf.ª «CMD» Casaca Pulguinhas
· 28ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Jaime Neves / Cap. Grad. Inf.ª «CMD» Cardoso Borralho
· 29ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Baptista Morais
· 32ª CCMDS — Cap. Art.ª «CMD» Ferreira Carapeta / Cap. Grad. Inf.ª «CMD» Ribeiro Moura
· 34ª CCMDS — Alf. Mil. «CMD» Mendonça Arrais / Cap. Inf.ª «CMD» Reis Moura / Cap. Grad. «CMD» Leite Moreira
· 2040ª CCMDS — Cap. Art.ª «CMD» Charters Godinho
· 2043ª CCMDS — Cap. Inf.ª «CMD» Mealha Ventosa
· 2045ª CCMDS — Alf. Mil «CMD» Pinto Rijo / Alf. Artª. «CMD» António Apolinário / Cap. Grad. Inf.ª «CMD» Ribeiro Moura
· 4040ª CCMDS — Ten. Art.ª «CMD» Riquito Soares / Cap. Inf.ª «CMD» Cardoso Caldeira
Em
1 de Outubro de 1969, é criado em Montepuez o Batalhão de Comandos de
Moçambique que passa a integrar todas as Companhias de Comandos em
actuação na R.M.M. e simultaneamente funciona como C.l. onde são
formadas as seguintes nove Companhias com base no pessoal do
recrutamento da Província:
· 1ª CCMDS/MOÇ — Cap. Cav.ª «CMD» Matos Gomes / Cap. Grad. «CMD» Fonseca Ramos
· 2ª CCMDS/MOÇ — Cap. Grad. «CMD» Frade / Cap. Inf.ª «CMD» Rosa Falcão
3ª CCMDS/MOÇ — Cap. Art.ª «CMD» Glória Alves
· 4ª CCMDS/MOÇ — Cap. Art.ª «CMD» Morais Santos / Cap. Art.ª«CMD» Rocha e Silva
· 5ª CCMDS/MOÇ — Ten. Inf.ª «CMD» Lopes Martins / Cap. Inf.ª «CMD» Garcia Lopes
· 6ª CCMDS/MOÇ — Cap. Mil. «CMD» Sampaio Ferreira
· 7ª CCMDS/MOÇ — Cap. Art.ª «CMD» Abrantes dos Santos / Cap. Grad. «CMD» Abrantes Amaral
· 8ª CCMDS/MOÇ — Cap. Mil. «CMD» Campos Carvalho
· 1/74 CCMDS/MOÇ — Alf. Inf.ª «CMD» José Cardoza
O Batalhão de Comandos de Moçambique teve como Comandantes os seguintes Oficiais:
· Cap. Art.ª «CMD» Júlio Faria Ribeiro de Oliveira de 01/0UT/69 a 13/MAR/72
· Maj. Inf.ª «CMD» Jaime Alberto Gonçalves das Neves de 14/MAR/72 a 19/NOV/73
· Maj. Inf.ª «CMD» Artur Teófilo da Fonseca Freitas de 20/NOV/73 a 19/AG0/74
· Maj. Inf.ª «CMD» José Manuel da Glória Belchior de 20/AG0/74 a 04/FEV/75
O Batalhão de Comandos de Moçambique foi extinto em 4 de Fevereiro de 1975.
GUINÉ
C.I.C. BRÁ
Os
mesmos factores que influenciaram as autoridades militares em Angola a
levar por diante a ideia da formação de tropas especiais adaptadas à
luta anti-guerrilha, também se fizeram sentir na Guiné através das
informações recebidas de Angola sobre os resultados obtidos pelos
primeiros Grupos de Comandos, o que levou o Comandante em Chefe da Guiné
a dar luz verde ao processo de formação de Tropas «Comando» nesse T.O.
Deste
modo, em 29 de Outubro de 1963, segue para Angola um Grupo de Oficiais,
Sargentos e Praças com o fim de frequentar um curso de Comandos, no
C.l.16 na Quibala - Norte.
Este grupo era constituído pelos seguintes militares:
· Maj. Inf.ª Correia Diniz
· Alf. Mil. Maurício Saraiva
· Alf. Mil. Justino Godinho
· 2º Sarg. Inf.ª Gil Roseira Dias
· Fur. Inf.ª Mário Roseira Dias
· Fur. Milf. Cav. Artur Pereira Pires
· Fur. Milf. Cav. António Vassalo Miranda
· 1º Cb. At. Inf.ª Abdulai Queta Jamanca
· Sold. At. Inf.ª Adulai Jaló
Regressaram
a Bissau em 6 de Dezembro de 1963, sendo, de imediato,empenhados na
Operação Tridente como teste às aptidões para o combate, de 15 de
Janeiro a 22 de Março de 1964.
Em
3 de Agosto de 1964 teve início a actividade do CIC/BRÁ, com a Escola
de Quadros para dar instrução ao 1.° Curso de Comandos da Guiné.
Iniciado
este de 24 de Agosto a 17 de Outubro de 1964, formou os três primeiros
grupos de Comandos, que desenvolveram a sua actividade na Guiné até
Julho de 1965.
Foram eles:
· «CAMALEÕES» Alf. Mil. «CMD» Justino Godinho
· «FANTASMAS» Alf. Mil. «CMD» Maurício Saraiva
· «PANTERAS» Alf. Mil. «CMD» Pombo dos Santos
O
CIC/BRÁ sob o comando do Maj. Inf.ª «CMD» Correia Diniz, recebeu
proveniente do CIC de Luanda para efeitos de demonstração duma instrução
tipo «Comando», os seguintes militares:
· Ten. Mil. «CMD» — Abreu Cardoso
· Alf. Mil. «CMD» — Luís Câmara Pina
· 2º Sarg. Infª. «CMD» — Ferreira Gaspar
· Fur. Mil. «CMD» — Pompílio Gato
· 1º Cb. «CMD» — Pires Júnior (Pegacho)
· 1ºGr. «CMDS» «GATOS / BART 400» comandado pelo Alf. Mil. «CMD» Martins Valente
Estes elementos actuaram em operações conjuntas com os grupos acima mencionados.
O CIC/BRÀ é extinto em 01 Julho de 1965.
Para
dar continuidade à formação de Grupos de Comandos é criada a Companhia
de Comandos do CTIG(CCMDS/CTIG) sendo nomeado seu comandante o
CAP.Artª.«CMD»Nuno Varela Rubim. Em 20 de Fevereiro de 1966 é nomeado
comandante da CCMDS/CTIG o CAP.Art.«CMD»José Eduardo Garcia Leandro.
O
2º.Curso de Comandos tem início em 07 de Julho de 1965, terminando em
04 de Setembro do mesmo ano, com a formação de 4 Grupos de Comandos
designados por:
· «DIABÓLICOS» Alf. Mil. «CMD» Silva Briote
· «CENTURIÕES» Alf. Mil. «CMD» Almeida Rainha
· «APACHES» Alf. Mil. «CMD» Neves da Silva
· «VAMPIROS» Alf. Mil. «CMD» Pereira Vilaça
O
3º.Curso de Comandos, realizado pela CCMDS/CTIG aquartelada em Brá, tem
início em 09 de Março de 1966 terminando a 28 de Abril de 1966,
constituído por militares voluntários pertencentes a Unidades sediadas
na Guiné e que se destinavam a recompletamento de Grupos de Comandos.
Extinção da CCMDS/CTIG
Com
a chegada a Bissau da 3ª.Companhia de Comandos, vindos do CIOE -
Lamego, é extinta em 30 de Junho de 1966, a CCMDS/CTIG, ficando, somente
em actividade, até finais de Setembro de 1966 o Grupo de Comandos
«DIABÓLICOS» data em que a maioria dos militares que o integravam
terminava a sua comissão de serviço.
Companhia de Comandos Africanos
Por
despacho do General Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, com
vista à criação de Unidades de Comandos composta na totalidade por
militares oriundos da Província, tem início a 14 de Julho de 1969 um
Estágio/Instrução para preparar e seleccionar os futuros graduados da
que se iria denominar a 1ª.Companhia de Comandos Africana.
A
instrução decorreu em Brá e esteve a cargo do Cap.Art.«CMD» Barbosa
Henriques(1ª.Fase) e do Cap.Infª.«CMD» Garcia Lopes(2ª.Fase).
Frequentaram este Estágio 36 militares com experiência de combate e 18
soldados recrutas do CSM. Terminou a 06 de Setembro 1969. Em Novembro e
Dezembro de 1969 é feito o recrutamento e selecção das praças para a
formação da 1ª. Companhia de Comandos Africana(1CCMDS/AFR).
A
11 de Fevereira de 1970 tem início o 1º.Curso de Comandos destinado à
formação de Companhias de Comandos Africanas, que se realizou em Fá
Mandinga, na região do OIO, sendo responsável pela instrução o
Cap.Inf.ª«CMD»Luciano Garcia Lopes, coadjuvado por instructores e
monitores da 15ª.CCMDS.
Batalhão de Comandos da Guiné
A
01 de Nov. 1971 por despacho de S. Exa. o General Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné é criado o Batalhão de Comandos da Guiné
(BCMDS/CTIG), em substituição do Destacamento de Unidades «Comandos»,
comandado pelo Maj. Art. «CMD» Francisco Manuel Leal de Almeida, que
integrava as Companhias de Comandos em actividade operacional na Guiné.
Em
9 de Julho de 1969 é criado em Bissau o BAT. CMDS da Guiné, que passa a
integrar todas as Companhias de Comandos em actividade naquela
Província, funcionando, simultaneamente, como C.l. onde são formadas as
2ª e 3ª Companhias de Comandos da Guiné.
As Companhias formada em Lamego que actuaram na Guiné foram:
· 3ª Comp. «CMDS» — Cap. Mil. «CMD» Alves Cardoso
· 5ª Comp. «CMDS» — Cap. Art. «CMD» Albuquerque Gonçalves
· 15ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Garcia Lopes
· 16ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Duarte de Almeida
· 26ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Freire Matos
· 27ª Comp. «CMDS» — Cap. Art. «CMD» Barbosa Henriques / Alf. Mil. «CMD» Manuel Génio Vidal
· 5ª Comp. «CMDS» — Cap. QEO «CMD» Ribeiro da Fonseca / Cap. Grad. «CMD» Mendonça Andrade
· 38ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª «CMD» Pinto Ferreira / Cap. Grad. «CMD» Francisco Domingos
· 4041ª Comp. «CMDS» — Cap. Inf.ª Lopes Oliveira
As Companhias Comandos Africanos foram:
· 1ª «CCMDS/AFR»
o Cap. Grad. «CMD» João Bacar Jaló
o Ten. Grad. «CMD» João Januário Lopes
o Cap. Grad. «CMD» Zacarias Saiegh
o Ten. Grad. «CMD» Cicro Marques Vieira
· 2ª «CCMDS/AFR»
o Cap. Grad. «CMD» Adriano Sisseco
o Ten. Grad. «CMD» Armando Carolino Barbosa
· 3ª «CCMDS/AFR»
o Cap. Grad. «CMD» Abdulai Queta Jamanca
o Ten. Grad. «CMD»Bacar Djassi
Para
recompletamento das Companhias de Comandos Africanas realizaram-se os
4º. e 5º. Cursos de Comandos em 1973 e 1974 respectivamente
O Batalhão de Comandos da Guiné foi extinto em 07/SET/74, teve como Comandantes os seguintes Oficiais:
· Maj. Cav. «CMD» João de Almeida Bruno de 02/NOV/71 a 27/JUL/73
· Maj. Inf. «CMD» Raúl Miguel Socorro Folques de 28/JUL/73 a 01/MAI/74
· Cap. Cav. «CMD» Carlos Manuel S. Matos Gomes de 02/MAI/74 a 16/JUN/74
· Maj. Inf. «CMD» Florindo Eugénio de Batista Morais de 17/JUN/74 a 04/AGO/74
· Cap. Art. «CMD» José Catelo Glória Alves de 02/MAI/74 a 16/JUN/74
BATALHÃO DE COMANDOS Nº11 E REGIMENTO DE COMANDOS
BATALHÃO DE COMANDOS Nº.11
Criado
por despacho de 04 de Julho de 1974, de S.Exa. General Chefe do Estado
Maior General das Forças Armadas, ficando aquartelado na Amadora, no
Quartel do ex-Regimento de Infantaria nº 1. Foi nomeado seu Comandante o
Maj. de Inf.ª«CMD» Jaime Alberto Gonçalves das Neves.
O
Batalhão de Comandos nº11 englobava, além do Comando, uma Formação do
Comando, uma Companhia do Comando e Serviços (CCS) e três Companhias de
Comandos(CMDS), com um quadro orgâncico a aprovar.
As
três CCMDS foram retiradas dos T.O. ultramarinos de Angola (2041ª e
2042ª) e da Guiné (4041ª) , que passaram a ter, respectivamente, as
designações de:
· Comp.ª «CMDS» 111,
· Comp.ª «CMDS» 112,
· Comp.ª «CMDS» 113.
O
Batalhão de Comandos nº11 é extinto em 30 de Abril de 1975 para dar
origem ao Regimento de Comandos. (Decreto-Lèi n.° 181/77 de 04MAI77 —
Q.E. nº5, 1.3-Série).
REGIMENTO DE COMANDOS
O
Regimento de Comandos é criado em 01/Maio de 1975, por despacho
nº30/REO de S.Exa. o General Chefe do Estado-Maior do Exército,
confirmado pelo (Decreto-Lèi n.° 181/77 de 04 Maio), sendo graduado no
posto de Coronel, o então Comandante do BCMDS 11 Maj.Infª.«CMD» Jaime
Alberto Gonçalves das Neves.
O RCMDS, à data da sua criação, englobava, além do Comando e Estado Maior:
· O Batalhão de Comando e Serviços (BCS) a três Companhias:
o Companhia do Comando (CC);
o Companhia de Serviços (CS);
o Companhia de Transportes e Manutenção (CTM);
· O Batalhão de Comandos Nº. 11 (BCMDS 11) a três Companhias:
o CCMDS 111
o CCMDS 112
o CCMDS 113
· O Batalhão de Instrução (BINSTR) a duas Companhias:
o 1ª. Companhia de Instrução (1ª.C1) destinada ao Curso de Comandos;
o 2ª. Companhia de Instrução (2ª.C2) destinada à Formação de Especialidades;
A
10 de Outubro de 1975, dá-se início à convocação de militares na
disponibilidade, nos termos do Decreto-Lei nº 577/A/75 de 8 OUT, que
formariam as Companhias de Comandos nº 121 e 122 do BCMDS 12. No início
de 1976 é criada a CCMDS nº. 123 que também faria parte do BCMDS 12
Nesta
data pelo despacho nº16/2002 do Chefe do Estado Maior do Exército é
reactivada a especialidade Comando, criando uma unidade de Comandos à
escala de Batalhão, a 3 Companhias, sediada nas Instalações do Regimento
de Infantaria Nº1 na Serra da Carregueira, Sintra.
O Regimento de Comandos é extinto em 01 Outubro de 1995. Foram seus Comandantes:
· Cor. Infª. «CMD» Jaime Alberto Gonçalves das Neves
· Cor. Art. «CMD» Júlio Faria Ribeiro de Oliveira
· Cor. Infª. «CMD» José de Almeida Pinho Bandeira
· Tcor. Infª. «CMD» José Manuel Glória Belchior
· Cor. Infª. «CMD» Rui Antunes Tomás
· Cor. Infª. «CMD» Arnaldo José Ribeiro da Cruz
· Cor. Infª. «CMD» Rogério Coutinho Ferreira
Sendo
por excelência uma Unidade Operacional, o Regimento de Comandos
constituiu uma força de reserva à ordem do General Chefe do Estado-Maior
do Exército.
A
especialidade "959/COMANDOS" é reactivada pelo despacho nº 16/2002 de
S.Exa o General Chefe do Estado-Maior do Exército, criando uma Unidade
de Comandos à escala de Batalhão, 3 companhias, sediado nas instalações
do Regimento de Infantaria nº. 1 na Serra da Carregueira/Sintra
Os Comandos têm por lema «AUDACES FORTUNA JUVAT» — «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES».
O
dia da Unidade comemora-se a 29 de Junho e o grito dos Comandos «MAMA
SUME» tem origem no grito de caça ao leão de uma tribo BANTO no sul de
África e significa «Aqui estamos presentes para a caça ao leão».
NOTA:
é provável que esta síntese contenha omissões de interesse histórico
que se procurará corrigir à medida que a História dos Comandos vá sendo
escrita.
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